Jovens denunciam abordagem policial no Batistão: “Nos sentimos humilhadas” 465s33
Grupo de mulheres negras afirma ter sido revistado de forma humilhante por policial durante partida entre Confiança e Bahia, em Aracaju Cotidiano | Por F5 news 10/06/2025 17h33 |Três jovens relataram ao F5 News terem vivido uma experiência negativa durante o jogo entre Confiança e Bahia, realizado na noite da última quarta-feira (5), no Estádio Estadual Lourival Baptista – a Arena Batistão, em Aracaju (SE). c404t
Segundo Ana Carolina de Almeida Costa, cientista de dados e atleta, que é uma das envolvidas, essa foi a primeira vez que ela e duas amigas foram a um estádio. No entanto, a visita ao campo terminou com denúncias de constrangimento, abordagem abusiva e suspeita de racismo por parte da segurança.
Ana relatou que ela e as amigas, todas mulheres negras, foram abordadas pela Polícia Militar após já terem ado pela revista padrão na entrada do estádio. O grupo tirava uma foto quando, segundo ela, uma policial se aproximou de forma abrupta, exigindo que encostassem na parede para uma nova revista.
“Ela me puxou pelo braço e disse que minha amiga estava com drogas. Eu questionei o motivo da abordagem, já que já havíamos sido revistadas, mas ela respondeu apenas que depois explicaria. Foi extremamente constrangedor”, explicou ao F5 News.
De acordo com a jovem, a policial não apresentou qualquer justificativa concreta ou evidência e, quando pressionada, alegou tratar-se de “procedimento padrão”. Ana contestou a versão, afirmando que nenhuma outra pessoa ao redor foi submetida ao mesmo tipo de revista detalhada e que a abordagem foi claramente direcionada ao grupo delas. “Éramos três mulheres negras paradas, tirando uma selfie. Ela escolheu a gente, sem motivo. Depois tentou justificar que revistou até uma indígena, como se isso anulasse o viés racial da abordagem”, contou.
Ana também é atleta de vôlei de praia, campeã mundial, e destacou que tanto ela quanto suas amigas são profissionais bem-sucedidas, sem histórico de problemas com a polícia. Para ela, o episódio foi motivado por preconceito. “Somos pessoas que sempre seguiram as regras. Ter nossa conduta questionada daquela forma, só por quem somos e pela cor da nossa pele, é revoltante. Choramos. Nos sentimos humilhadas e injustiçadas”, relatou.
Segundo Ana, o grupo pretende registrar boletim de ocorrência e formalizar denúncia na Corregedoria da Polícia Militar. Ela reforça que o objetivo é garantir que situações como essa não se repitam com outras pessoas. “Não foi um bom começo de experiência no estádio. Mas vamos levar isso adiante, porque ninguém merece ar por isso”, expressou
O F5 News procurou a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, mas até o momento da publicação, não houve manifestação da pasta sobre o caso. O espaço permanece à disposição.






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